O que é que eu tenho para ti, meu amigo ?
As últimas flores dum jardim de inverno, para brilharem na escuridão. A receita que me pediste. Um envelope com sementes. Um frasco vazio de perfume para a tua filhinha. Uma fatia de pudim de pão frio. Uma revista lustrosa, encontrada num comboio. Pão de leite acabado de sair do forno. Um gatinho listrado se o quiseres. Uma poltrona já velha, para dar um pouco de conforto à primeira casa do teu filho. Um copo de vinho. Um borrifo de perfume. Meia caixa de plantas para transplantar.
Duas mãos, uma esfregona e apoio quando a máquina de lavar enlouquece.
Umas costas para amparar o guarda-fato que queres mudar de lugar.
Um ombro muito parecido com o da tua mãe para chorares.
O episódio da telenovela que perdeste, tintim por tintim.
Café.
Primeiros socorros.
Uma extensão do teu própio vocabulário em situações de indignação.
Notícias da tua terra.
Disponibilidade. Noite e dia.
Fernandinha,
Lisboa, 31 de Agosto de 2008
Sunday, August 31, 2008
Wednesday, August 13, 2008
INTERESSA-ME ESTA ÚNICA PESSOA
É um erro pensar que arranjamos um amigo pelas qualidades dele ou dela;
Não tem absolutamente nada a ver com qualidades.
É a pessoa que queremos, não o que ela faz ou diz, ou não faz ou diz, mas o que ele ou ela
são é que será sempre suficiente!
Quem poderá explicar o instinto extraordinário que nos diz, talvez após um simples encontro, que esta ou aquela única pessoa nos interessa por qualquer razão misteriosa ?
Confesso que, por mim, nunca entro num grupo novo sem a esperança de poder descobrir um amigo, talvez o amigo, ali sentado com um sorriso expectante.
Essa esperança sobrevive a milhares de desapontamentos. As pessoas que encaram a vida com generosidade e grandeza de alma continuam a multiplicar as suas relações até ao fim.
Lisboa, 13 de Agosto de 2008
Fernandinha
Não tem absolutamente nada a ver com qualidades.
É a pessoa que queremos, não o que ela faz ou diz, ou não faz ou diz, mas o que ele ou ela
são é que será sempre suficiente!
Quem poderá explicar o instinto extraordinário que nos diz, talvez após um simples encontro, que esta ou aquela única pessoa nos interessa por qualquer razão misteriosa ?
Confesso que, por mim, nunca entro num grupo novo sem a esperança de poder descobrir um amigo, talvez o amigo, ali sentado com um sorriso expectante.
Essa esperança sobrevive a milhares de desapontamentos. As pessoas que encaram a vida com generosidade e grandeza de alma continuam a multiplicar as suas relações até ao fim.
Lisboa, 13 de Agosto de 2008
Fernandinha
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