ALI, NOS AÇORES
Ali nos Açores tudo nos fascina,
O fumo das caldeiras, a essência das flores,
A paisagem que o Pico do alto domina
O mar submisso e as colinas de mil cores.
Ali, o homem que faz do basalto vinho
E do âmago do mar tira fatias de pão,
Pára na esquina, p’ra ouvir com carinho
A história de alguém que lhe aperta a mão.
È ali no aroma duma flor silvestre,
Transpondo distâncias, atravessa espaços
Leva a brisa morna ou o vento agreste
P’ra secar as lágrimas de rostos já lassos.
Foi ali, onde o mar abraça o mundo
Onde açucenas virgens, proclamam pureza
Que deixei a minha alma num sono profundo
Num beijo de açor-sonho de beleza.
Fernanda
Saturday, February 09, 2008
Leve, levemente
A brisa sopra leve, levemente,
A folhagem estremece de prazer,
Acanhando desejos de paixão ardente,
Com sua carícia de suave envolver.
Como raposa, a lua assalta a janela,
Roubando-me a ingenuidade do pensar,
Transformando-me num barco à vela,
Que percorre marés-altas, a dormitar.
No vestido de chita da noviça manhã
Eu só quero é avançar, impelir-me
Para esse sabor molhado de romã,
Para o trecho eloquente a seduzir-me.
Fernanda
A brisa sopra leve, levemente,
A folhagem estremece de prazer,
Acanhando desejos de paixão ardente,
Com sua carícia de suave envolver.
Como raposa, a lua assalta a janela,
Roubando-me a ingenuidade do pensar,
Transformando-me num barco à vela,
Que percorre marés-altas, a dormitar.
No vestido de chita da noviça manhã
Eu só quero é avançar, impelir-me
Para esse sabor molhado de romã,
Para o trecho eloquente a seduzir-me.
Fernanda
Subscribe to:
Posts (Atom)