Thursday, December 25, 2008
GAIVOTAS!...
Fotos tiradas nos Açores.
Tantos risos cristalinos
tantas vezes abafados,
tantos sonhos p'ra viver
num crespúsculo doirado.
O Sol é morno e suave
duma leveza infinita.
As mãos pousam nas flores
transformadas em gaivotas,
que procuram ansiosas
a hora da liberdade.
Pensamento & fotos,
Fernanda Costa
Lisboa, 25 de Dezembro de 2008
VOTOS DE UM BOM ANO 2009,
PARA OS MEUS AMIGOS E AMIGAS,
UM ABRAÇO DE CARINHO E AMIZADE;
Fernandinha
Friday, December 05, 2008
VEM PEREGRINO!...
Fotos da Ilha das Flores-Açores-Portugal
Vem peregrino errante.
Inebria-te com os odores do meu corpo.
Dá-me as mãos e percorre-me sedento de prazer.
Vem em noite cálida, perfumada!
Com gorgeios suaves de pássaros
e estrelas aladas em percurso.
Vem e seremos felizes, ondulando pela
madrugada impregnada de desejos fulvos !...
Fotos & Pensamento:
Fernanda Costa
Lisboa, 5 de Dezembro de 2008
Saturday, November 29, 2008
SOL BRILHANTE !...
Fotos da Ilha do Pico - Açores - Portugal
Canta o Sol brilhante, sempre que por ele passas
risonha(o), saboreando tua doce vida...
Iluminas a Lua com tuas simples graças,
soltas do Mar vasto e calmo, onda adormecida...
Tocam sinos a rebate quando tu abraças
ideais deslumbrantes de musa enobrecida...
Aclaras o Céu abrindo aos outros as vidraças
negadas a quem não cuida as Almas, sem guarida,
apedrejadas ao nascer por amargas desgraças !...
Inspiras o actor, o poeta, o pintor,
sugeres ao artista a virtude, o talento,
a pureza da Alma, a beleza do Amor.
Benditos os Astros do teu Firmamento
e a natureza que te dá fulgor.
Lograrás a Vida com teu sentimento...
DEDICO ESTE PENSAMENTO, A TODOS OS AMIGOS E AMIGAS QUE ME VISITAM.
Pensamento & fotos:
Fernanda Costa
Lisboa, 29 de Novembro de 2008
Sunday, November 23, 2008
OUTONO !...
Fotos - Ilha do Faial - Açores - Portugal
Num Outono, bem precoce
de folhagem já despida
vamos vivendo, amor, talvez como despedida.
Tudo se foi na voragem
dos pensamentos felizes !
Mas a saudade sentida
com a esperança que aquece
trarão de novo a vida
ao coração que arrefece !
Fotos & Pensamento:
Fernanda Costa
Lisboa, 23 de Novembro de 2008
Saturday, November 08, 2008
SILÊNCIO !...
Quantas vezes nos encanta,
um momento que se forma
no silêncio das palavras
que não dizes,
ao abraço que não negas,
mesmo quando no meu canto
com carinho eu espero-te.
No meu leito que silêncio
da tua ausência
também cala a tua voz
aqui dentro do meu peito.
Fernandinha
Thursday, November 06, 2008
Thursday, October 30, 2008
BEIJO SALGADO !...
Fotos da Ilha de S. Miguel-Açores
Sol, calor, paixão, bruma do mar,
beijo salgado, espuma envolvente,
onda que sabes arrebatar
corpos bronzeados, na areia quente !
De um azul cintilante,
o céu confunde-se com o mar;
Aquele que molha a areia escaldante,
prometendo-lhe para sempre a amar !
Tórrido corpo, tórrido Verão;
calor das festas pelo país;
Fresco amor num jovem coração,
sonhador de sentimentos aprendiz !
Verão de foguetes, Verão das vidas...
Em águas geladas de chafariz
para moderar as almas aquecidas
do incontrolável incêndio de gente feliz.
Pensamento; Fernandinha
Lisboa, 30 de Outubro de 2008
Thursday, October 23, 2008
DESTINO !...
Não esperes,
vai, põe-te a caminho
que eu vou a passos largos
em direcção ao destino.
Cruel ou não,
o destino é para ser vivido
e ningúem o pode reter.
Ele tem de se viver,
ora cantando, ora chorando,
mas sempre amando,mas sempre a mando
da misteriosa vida...
Alma dançando no beco.
Esperando uma saída
que nos diga
o fundamento da vida.
Pensamento & Fotos;
Fernandinha
Lisboa, 24 de Outubro de 2008
Sunday, October 19, 2008
TUDO É REAL !...
Tudo o que tem vida,
fala, transmite sonho
ou tristeza, sorriso ou
alegria, beleza.
A rosa fala com certeza.
Eu já falei às flores;
umas baixavam os olhos;
outras sorriam de amores...
E eu, olhando eu redor,
lhes dizia poesias...
Assim minha alma louca
me transportava, tão longe,
ao País da harmonia.
e a brisa, acariciando a flor,
tornava mais real a fantasia...
Poema & Fotos;
Fernandinha
Lisboa, 19 de Outubro de 2008
Tuesday, October 14, 2008
VOA LIVRE !...
Voa livre meu pensamento,
no colo do vento norte...
Tão rápido e às vezes lento,
sonhando com uma feliz sorte.
Agora está nas asas da brisa,
na ponta da fantasia humana...
Perdido no Céu, onde profetisa,
longe da materialidade mundana.
Refresca-se no orvalho de uma rosa,
saltita entre nuvens de temperança,
Poisando numa estrela luminosa,
onde colhe flores de esperança.
Poema & Fotos,
Fernandinha
Lisboa, 14 de Outubro de 2008
Sunday, September 28, 2008
SÓ COM UM BEIJO!...
Se eu pudesse só com um beijo
adocicar toda a amargura
estampada na face, saída dos lábios
daqueles que tanto amo...
Esbanjá-lo-ia, multiplicá-lo-ia,
sem descanso...
Como a mão do lavrador,
que lança sobre a terra
o adubo, a semente,
para depois se sentir
agradecido, compensado
pela grande produção
que ela lhe faz.
Também ela, a terra,
se sente gratificada
pela gestação realizada.
Um beijo pode ser esse adubo,
que auxiliará a semente enfraquecida
a romper nos tecidos da vida!
Lisboa, 28 de Setembro de 2008
Fernandinha
Thursday, September 18, 2008
PALAVRAS!...
Não tenho rima sem dor
nem rima faço a cantar
vivo sempre no pavor
p'ra não viver a chorar.
As palavras que me saltam
nas folhas que vou escrevendo
são palavras que me faltam
naquilo que vou dizendo.
Se digo à imaginação
que quero falar com a certeza
que tudo vem do coração
tudo vem da natureza.
O que digo é para qualquer
faça prosa faça flor
seja rosa ou malmequer
só o faço com amor.
Lisboa, 18 de Setembro de 2008
Fernandinha
Sunday, August 31, 2008
NOITE OU DIA
O que é que eu tenho para ti, meu amigo ?
As últimas flores dum jardim de inverno, para brilharem na escuridão. A receita que me pediste. Um envelope com sementes. Um frasco vazio de perfume para a tua filhinha. Uma fatia de pudim de pão frio. Uma revista lustrosa, encontrada num comboio. Pão de leite acabado de sair do forno. Um gatinho listrado se o quiseres. Uma poltrona já velha, para dar um pouco de conforto à primeira casa do teu filho. Um copo de vinho. Um borrifo de perfume. Meia caixa de plantas para transplantar.
Duas mãos, uma esfregona e apoio quando a máquina de lavar enlouquece.
Umas costas para amparar o guarda-fato que queres mudar de lugar.
Um ombro muito parecido com o da tua mãe para chorares.
O episódio da telenovela que perdeste, tintim por tintim.
Café.
Primeiros socorros.
Uma extensão do teu própio vocabulário em situações de indignação.
Notícias da tua terra.
Disponibilidade. Noite e dia.
Fernandinha,
Lisboa, 31 de Agosto de 2008
As últimas flores dum jardim de inverno, para brilharem na escuridão. A receita que me pediste. Um envelope com sementes. Um frasco vazio de perfume para a tua filhinha. Uma fatia de pudim de pão frio. Uma revista lustrosa, encontrada num comboio. Pão de leite acabado de sair do forno. Um gatinho listrado se o quiseres. Uma poltrona já velha, para dar um pouco de conforto à primeira casa do teu filho. Um copo de vinho. Um borrifo de perfume. Meia caixa de plantas para transplantar.
Duas mãos, uma esfregona e apoio quando a máquina de lavar enlouquece.
Umas costas para amparar o guarda-fato que queres mudar de lugar.
Um ombro muito parecido com o da tua mãe para chorares.
O episódio da telenovela que perdeste, tintim por tintim.
Café.
Primeiros socorros.
Uma extensão do teu própio vocabulário em situações de indignação.
Notícias da tua terra.
Disponibilidade. Noite e dia.
Fernandinha,
Lisboa, 31 de Agosto de 2008
Wednesday, August 13, 2008
INTERESSA-ME ESTA ÚNICA PESSOA
É um erro pensar que arranjamos um amigo pelas qualidades dele ou dela;
Não tem absolutamente nada a ver com qualidades.
É a pessoa que queremos, não o que ela faz ou diz, ou não faz ou diz, mas o que ele ou ela
são é que será sempre suficiente!
Quem poderá explicar o instinto extraordinário que nos diz, talvez após um simples encontro, que esta ou aquela única pessoa nos interessa por qualquer razão misteriosa ?
Confesso que, por mim, nunca entro num grupo novo sem a esperança de poder descobrir um amigo, talvez o amigo, ali sentado com um sorriso expectante.
Essa esperança sobrevive a milhares de desapontamentos. As pessoas que encaram a vida com generosidade e grandeza de alma continuam a multiplicar as suas relações até ao fim.
Lisboa, 13 de Agosto de 2008
Fernandinha
Não tem absolutamente nada a ver com qualidades.
É a pessoa que queremos, não o que ela faz ou diz, ou não faz ou diz, mas o que ele ou ela
são é que será sempre suficiente!
Quem poderá explicar o instinto extraordinário que nos diz, talvez após um simples encontro, que esta ou aquela única pessoa nos interessa por qualquer razão misteriosa ?
Confesso que, por mim, nunca entro num grupo novo sem a esperança de poder descobrir um amigo, talvez o amigo, ali sentado com um sorriso expectante.
Essa esperança sobrevive a milhares de desapontamentos. As pessoas que encaram a vida com generosidade e grandeza de alma continuam a multiplicar as suas relações até ao fim.
Lisboa, 13 de Agosto de 2008
Fernandinha
Sunday, July 27, 2008
"OLÁ"
Não custa nada dizer "Olá" aqui e ali,
a amigos por quem passamos na rua.
Não custa nada sorrir a um desconhecido,
ou a um novo amigo que encontramos.
Não custa nada mostrar as tuas emoções,
ou os teus sentimentos, quando as coisas correm mal.
Não custa nada ajudar os infelizes,
Que são cegos ou que não podem ver.
Não custa nada ser feliz.
E a felicidade pode ser encontrada.
A felicidade é como a manteiga,
Por isso vai espalhá-la à tua volta.
Horta, 27 de Julho de 2008
Fernandinha
a amigos por quem passamos na rua.
Não custa nada sorrir a um desconhecido,
ou a um novo amigo que encontramos.
Não custa nada mostrar as tuas emoções,
ou os teus sentimentos, quando as coisas correm mal.
Não custa nada ajudar os infelizes,
Que são cegos ou que não podem ver.
Não custa nada ser feliz.
E a felicidade pode ser encontrada.
A felicidade é como a manteiga,
Por isso vai espalhá-la à tua volta.
Horta, 27 de Julho de 2008
Fernandinha
Sunday, July 06, 2008
QUANDO O SILÊNCIO DIZ MAIS QUE AS PALAVRAS
Na Amizade, como no Amor, pode haver momentos em que o silêncio diz mais que as palavras.
Os defeitos do nosso amigo podem ser evidentes para nós, mas fica bem parecer fecharmos os olhos.
Geralmente, a amizade é tratada pela maioria das pessoas como algo de resistente e perpétuo, que há-de sobreviver a todo o tipo de maus tratos.
Mas isto é um erro muitíssimo grande e disparatado; as suas condições de existência são que seja tratada com delicadeza e carinho, sendo como é uma planta sensível e não um cardo à beira da estrada.
Não devemos esperar que o nosso amigo esteja acima da humanidade.
Horta, 5 de Julho de 2008
Fernandinha
Os defeitos do nosso amigo podem ser evidentes para nós, mas fica bem parecer fecharmos os olhos.
Geralmente, a amizade é tratada pela maioria das pessoas como algo de resistente e perpétuo, que há-de sobreviver a todo o tipo de maus tratos.
Mas isto é um erro muitíssimo grande e disparatado; as suas condições de existência são que seja tratada com delicadeza e carinho, sendo como é uma planta sensível e não um cardo à beira da estrada.
Não devemos esperar que o nosso amigo esteja acima da humanidade.
Horta, 5 de Julho de 2008
Fernandinha
Tuesday, June 10, 2008
O CONFORTO DAS PEQUENAS COISAS
Oh, o conforto,o inexprimivél conforto de nos sentirmos seguros junto de uma pessoa:
Não termos que ponderar os nossos pensamentos nem medir as nossas palavras, mas apenas deixá-los seguir o seu curso. Tal como são - a palha junta com o trigo, sabendo que uma mão fiel os apanhará e os passará pela joeira, guardando o que vale a pena guardar, e soprando o resto pelos ares,
com o sopro da benevolência.
Fernandinha,
Lisboa, 10 de Junho de 2008
Não termos que ponderar os nossos pensamentos nem medir as nossas palavras, mas apenas deixá-los seguir o seu curso. Tal como são - a palha junta com o trigo, sabendo que uma mão fiel os apanhará e os passará pela joeira, guardando o que vale a pena guardar, e soprando o resto pelos ares,
com o sopro da benevolência.
Fernandinha,
Lisboa, 10 de Junho de 2008
Wednesday, June 04, 2008
...SENDO APENAS TU PRÒPRIO
Sou tua amiga não só pelo que és,
mas pelo que eu sou qundo estou contigo.
Sou tua amiga não só pelo que conseguiste fazer por ti próprio,
mas pelo que consegues fazer de mim.
Sou tua amiga porque fizeste mais do que,
qualquer destino poderia ter feito para me fazer feliz.
Conseguiste-o sem um toque, sem uma palavra,
sem um sinal.
Conseguiste-o sendo apenas tu próprio.
Talvez seja isso afinal que significa ser amigo...
Fernandinha,
Lisboa, 04 de Junho de 2008
mas pelo que eu sou qundo estou contigo.
Sou tua amiga não só pelo que conseguiste fazer por ti próprio,
mas pelo que consegues fazer de mim.
Sou tua amiga porque fizeste mais do que,
qualquer destino poderia ter feito para me fazer feliz.
Conseguiste-o sem um toque, sem uma palavra,
sem um sinal.
Conseguiste-o sendo apenas tu próprio.
Talvez seja isso afinal que significa ser amigo...
Fernandinha,
Lisboa, 04 de Junho de 2008
Tuesday, June 03, 2008
ACREDITA!...
Acredita que vale a pena viver,
e a tua convicção ajudará
a criar esse facto.
Lisboa, 03 de junho de 2008
Fernandinha
e a tua convicção ajudará
a criar esse facto.
Lisboa, 03 de junho de 2008
Fernandinha
Monday, June 02, 2008
RI...
Ri e o mundo ri contigo,
chora e chorarás sózinho.
Se não podes ter tudo,
aproveita pelo menos,
tudo o que tens.
Lisboa, 03 de Junho de 2008
Fernandinha
chora e chorarás sózinho.
Se não podes ter tudo,
aproveita pelo menos,
tudo o que tens.
Lisboa, 03 de Junho de 2008
Fernandinha
Friday, May 30, 2008
A AMIZADE ACREDITA EM TUDO
Os amigos são pacientes e amáveis,
não são ciumentos nem gabarolas,
não são arrogantes nem grosseiras.
Os amigos não insistem em levar
a sua avante, não se irritam, nem
se ofendem, não se alegram
com o mal, mas deleita«m-se com o que está certo.
A amizade tudo suporta,
tudo acredita,
tudo espera,
tudo aguenta.
A amizade nunca acaba.
Lisboa, 30 de Maio de 2008
Fernandinha
não são ciumentos nem gabarolas,
não são arrogantes nem grosseiras.
Os amigos não insistem em levar
a sua avante, não se irritam, nem
se ofendem, não se alegram
com o mal, mas deleita«m-se com o que está certo.
A amizade tudo suporta,
tudo acredita,
tudo espera,
tudo aguenta.
A amizade nunca acaba.
Lisboa, 30 de Maio de 2008
Fernandinha
Thursday, May 29, 2008
AQUELE!...
Pela inquietude que a minha alma habita
nesses beijos, risos, amargos prantos
ao correr, de viagem tão bendita
confesso, pedi a todos os Santos.
Deixem-me achar um só,
só aquele, que traga nos braços,
que toda a emoção, faça singela...
a lide de guiar-me os passos.
Que traga, com ele, sonhos de olhar,
e no amplo sorriso de dentes brancos,
o infinito dom de saber-me calar...
Findou-me o tempo de andar pelo mundo,
fechou-se a conta dos casos pendentes
que tê-lo, em mim, é sonho fundo.
Fernanda,
Lisboa, 29 de maio de2008
nesses beijos, risos, amargos prantos
ao correr, de viagem tão bendita
confesso, pedi a todos os Santos.
Deixem-me achar um só,
só aquele, que traga nos braços,
que toda a emoção, faça singela...
a lide de guiar-me os passos.
Que traga, com ele, sonhos de olhar,
e no amplo sorriso de dentes brancos,
o infinito dom de saber-me calar...
Findou-me o tempo de andar pelo mundo,
fechou-se a conta dos casos pendentes
que tê-lo, em mim, é sonho fundo.
Fernanda,
Lisboa, 29 de maio de2008
Friday, May 23, 2008
FADO CHORADO!...
Porque não vens e falas?
Alguém terá de falar.
Porque ficas onde andas,
E calas, e me deixas a pensar.
Deixas-me o fado chorado
Nas vielas por cantar,
E eu digo o poema rimado
De coração a chorar.
Saudade, ai, quanta saudade,
De te despir todo num verso
E dizer toda a verdade
Neste meu fado adverso.
Diz-me de longe um adeus,
Que esse adeus fará sonhar,
Sonhos são todos teus,
Que para ti vou voar!
Fernanda
Alguém terá de falar.
Porque ficas onde andas,
E calas, e me deixas a pensar.
Deixas-me o fado chorado
Nas vielas por cantar,
E eu digo o poema rimado
De coração a chorar.
Saudade, ai, quanta saudade,
De te despir todo num verso
E dizer toda a verdade
Neste meu fado adverso.
Diz-me de longe um adeus,
Que esse adeus fará sonhar,
Sonhos são todos teus,
Que para ti vou voar!
Fernanda
Friday, May 16, 2008
EQUILÍBRIO
A Primavera esfrega os olhos,
A nuvem, de preguiça, boceja,
Respingando a bela cereja
E os seus verdes olhos.
Cai uma enrubescida cereja
Sobre um virginal malmequer
E vem logo o grilo saber
Se pode tocar os sinos da igreja.
Que esplêndida harmonia
Na diversidade complementar,
Na flora, na fauna, no luar!...
Equilíbrio que o fogo ruía!
Queimando a alma da floresta,
Deixa de luto a oxigenante viva,
Carbonizando a aragem, sem saliva!
Tudo assado, em fim de festa!
Fernanda,
Lisboa, 17 de Maio de 2008
A nuvem, de preguiça, boceja,
Respingando a bela cereja
E os seus verdes olhos.
Cai uma enrubescida cereja
Sobre um virginal malmequer
E vem logo o grilo saber
Se pode tocar os sinos da igreja.
Que esplêndida harmonia
Na diversidade complementar,
Na flora, na fauna, no luar!...
Equilíbrio que o fogo ruía!
Queimando a alma da floresta,
Deixa de luto a oxigenante viva,
Carbonizando a aragem, sem saliva!
Tudo assado, em fim de festa!
Fernanda,
Lisboa, 17 de Maio de 2008
Saturday, May 10, 2008
LÍRIO
Lírio que meu rosto acarícia.
Meu cravo de liberdade.
Meu olhar de estrelícia.
Minha montanha de saudade.
Meu luar na rua escura
por onde vagueio aturdida.
Minha capa de ternura,
amor achado e perdido...
Meu poema, meu abraço,
andorinha, Primavera,
meu olhar, de olhar baço,
de olhar que por ti espera.
Fernanda,
Lisboa, 10 de Maio de 2008
Meu cravo de liberdade.
Meu olhar de estrelícia.
Minha montanha de saudade.
Meu luar na rua escura
por onde vagueio aturdida.
Minha capa de ternura,
amor achado e perdido...
Meu poema, meu abraço,
andorinha, Primavera,
meu olhar, de olhar baço,
de olhar que por ti espera.
Fernanda,
Lisboa, 10 de Maio de 2008
Friday, May 02, 2008
NÃO CONSIGO ESQUECER!
Como foi bom namorar,
Como foi bom ser contigo,
Continuo a te amar,
Tenho em ti um grande amigo.
Tudo na vida tem fim,
Mas nosso namoro, não,
Viverá dentro de mim
Como a magma de um vulcão.
Será sempre o seu calor
Que me fará reviver,
Esses momentos de amor
Que não consigo esquecer.
Fernanda
Como foi bom ser contigo,
Continuo a te amar,
Tenho em ti um grande amigo.
Tudo na vida tem fim,
Mas nosso namoro, não,
Viverá dentro de mim
Como a magma de um vulcão.
Será sempre o seu calor
Que me fará reviver,
Esses momentos de amor
Que não consigo esquecer.
Fernanda
Thursday, April 17, 2008
VENTO
Gosto de falar ao vento
Pois o vento é meu amigo
É no vento que eu invento
Palavras que te não digo.
Foi no vento que nasci
Tenho vivido no vento
Até no vento cresci
Sem me lembrar
Do tormento
Canto ao vento
Uma canção
Faz versos
A melodia
Faz versos o coração
Onde tudo é poesia.
Fernanda
Pois o vento é meu amigo
É no vento que eu invento
Palavras que te não digo.
Foi no vento que nasci
Tenho vivido no vento
Até no vento cresci
Sem me lembrar
Do tormento
Canto ao vento
Uma canção
Faz versos
A melodia
Faz versos o coração
Onde tudo é poesia.
Fernanda
Friday, April 11, 2008
PELA NOITE ILUMINADA...
Da janela do meu quarto
Vejo um mundo de loucura
Há folhagem embatida
Pela noite iluminada…
Num rodopio perdido
Borboletas esvoaçam.
Será que também a vida
Já não tem sentido?
Vejo estrelas cadentes
A deslocarem-se sem rumo
Como os dias que se perdem
Num rolo de fumo.
Fernanda
Vejo um mundo de loucura
Há folhagem embatida
Pela noite iluminada…
Num rodopio perdido
Borboletas esvoaçam.
Será que também a vida
Já não tem sentido?
Vejo estrelas cadentes
A deslocarem-se sem rumo
Como os dias que se perdem
Num rolo de fumo.
Fernanda
Saturday, April 05, 2008
ONDAS DO MAR
Ontem, é o Mar em que voga o barco de hoje,
amanhã, o Horizonte belo que tenta alcançar,
... e a Vida continua e a Vida nos foge...
entre lágrimas de dor e de bem-estar!...
Abrimos a janela da Vida,
quedamos olhando o passado,
e exultamos...
com cântico sublime, delicado,
o que de mau e bom edificamos.
Olhamo-nos nos olhos e sorrimos
ao vermos a pureza do Amor.
Será ele mais tarde, com saudade,
ao alcançar o barco Horizonte,
que fará abençoar a mocidade,
que gerou duma nascente tanta fonte!...
Fernanda
amanhã, o Horizonte belo que tenta alcançar,
... e a Vida continua e a Vida nos foge...
entre lágrimas de dor e de bem-estar!...
Abrimos a janela da Vida,
quedamos olhando o passado,
e exultamos...
com cântico sublime, delicado,
o que de mau e bom edificamos.
Olhamo-nos nos olhos e sorrimos
ao vermos a pureza do Amor.
Será ele mais tarde, com saudade,
ao alcançar o barco Horizonte,
que fará abençoar a mocidade,
que gerou duma nascente tanta fonte!...
Fernanda
Monday, March 24, 2008
JARDIM DE AMOR
Olho o jardim de amor que me abraça,
sinto o calor do sol no seu olhar,
solta-se a alegria, o riso, a graça,
que mais podia nesta vida desejar.
Esvoaçam lembranças do passado
quais pétalas de rosa envelhecida,
recordo com saudade o namorado,
que à rosa confiou a sua vida.
São sonhos, devaneios da idade,
o desejo de mais e mais amor,
dediquei-lhe toda a minha mocidade,
ao seu lado, fui sempre rosa em flor.
Fernanda
sinto o calor do sol no seu olhar,
solta-se a alegria, o riso, a graça,
que mais podia nesta vida desejar.
Esvoaçam lembranças do passado
quais pétalas de rosa envelhecida,
recordo com saudade o namorado,
que à rosa confiou a sua vida.
São sonhos, devaneios da idade,
o desejo de mais e mais amor,
dediquei-lhe toda a minha mocidade,
ao seu lado, fui sempre rosa em flor.
Fernanda
Friday, March 07, 2008
DEIXEI-TE CHORANDO
Paraíso de gaivotas livres, ondulantes
De imensos basaltos da mais negra cor,
Onde criancinhas brincam radiantes
Onde o pobre é rico vivendo de amor.
Aí, em teus campos, os melros bailando
Quebram o silêncio com seu chilrear,
E com suor do rosto, as terras regando
Trabalham os homens, sem nunca parar.
ILHA, és lavada por chuva caprichosa
Que campos matiza de rara beleza,
Fazendo de ti hortênsia formosa
Azul, cor de manto de velha nobreza.
Fernanda
Paraíso de gaivotas livres, ondulantes
De imensos basaltos da mais negra cor,
Onde criancinhas brincam radiantes
Onde o pobre é rico vivendo de amor.
Aí, em teus campos, os melros bailando
Quebram o silêncio com seu chilrear,
E com suor do rosto, as terras regando
Trabalham os homens, sem nunca parar.
ILHA, és lavada por chuva caprichosa
Que campos matiza de rara beleza,
Fazendo de ti hortênsia formosa
Azul, cor de manto de velha nobreza.
Fernanda
Saturday, February 16, 2008
ALI, NOS AÇORES
Ali nos Açores tudo nos fascina,
O fumo das caldeiras, a essência das flores,
A paisagem que o Pico do alto domina
O mar submisso e as colinas de mil cores.
Ali, o homem que faz do basalto vinho
E do âmago do mar tira fatias de pão,
Pára na esquina, p’ra ouvir com carinho
A história de alguém que lhe aperta a mão.
È ali no aroma duma flor silvestre,
Transpondo distâncias, atravessa espaços
Leva a brisa morna ou o vento agreste
P’ra secar as lágrimas de rostos já lassos.
Foi ali, onde o mar abraça o mundo
Onde açucenas virgens, proclamam pureza
Que deixei a minha alma num sono profundo
Num beijo de açor-sonho de beleza.
Fernanda
Ali nos Açores tudo nos fascina,
O fumo das caldeiras, a essência das flores,
A paisagem que o Pico do alto domina
O mar submisso e as colinas de mil cores.
Ali, o homem que faz do basalto vinho
E do âmago do mar tira fatias de pão,
Pára na esquina, p’ra ouvir com carinho
A história de alguém que lhe aperta a mão.
È ali no aroma duma flor silvestre,
Transpondo distâncias, atravessa espaços
Leva a brisa morna ou o vento agreste
P’ra secar as lágrimas de rostos já lassos.
Foi ali, onde o mar abraça o mundo
Onde açucenas virgens, proclamam pureza
Que deixei a minha alma num sono profundo
Num beijo de açor-sonho de beleza.
Fernanda
Saturday, February 09, 2008
Leve, levemente
A brisa sopra leve, levemente,
A folhagem estremece de prazer,
Acanhando desejos de paixão ardente,
Com sua carícia de suave envolver.
Como raposa, a lua assalta a janela,
Roubando-me a ingenuidade do pensar,
Transformando-me num barco à vela,
Que percorre marés-altas, a dormitar.
No vestido de chita da noviça manhã
Eu só quero é avançar, impelir-me
Para esse sabor molhado de romã,
Para o trecho eloquente a seduzir-me.
Fernanda
A brisa sopra leve, levemente,
A folhagem estremece de prazer,
Acanhando desejos de paixão ardente,
Com sua carícia de suave envolver.
Como raposa, a lua assalta a janela,
Roubando-me a ingenuidade do pensar,
Transformando-me num barco à vela,
Que percorre marés-altas, a dormitar.
No vestido de chita da noviça manhã
Eu só quero é avançar, impelir-me
Para esse sabor molhado de romã,
Para o trecho eloquente a seduzir-me.
Fernanda
Monday, January 28, 2008
Nostalgia de ti
Mas que saudades eu sinto de ti,
Minha doce companhia de infância.
Contigo, que dias lindos eu vivi,
Dos quais ainda sinto a fragrância!
Esta nostalgia que me aperta por dentro,
Faz-me desejar a tua presença aqui;
Mas, só a recordação me resta, de momento,
Enquanto não me puder abraçar a ti…!
Foi…
Uma folha muito bela,
Aquela onde encontramos
Um amor fraterno
Muito puro e bonito,
Que vivemos,
Com toda a intensidade,
Em cada linha dessa folha…
Mas, outras vieram…
E essa?!
Ficou suspensa no tempo
E para toda a eternidade.
Apesar de,
Tantas vezes…
Em pensamento,
Em sonho,
E, com o coração a pulsar,
A abrir,
Com toda a doçura
Que ela merece…!
Fernanda
Mas que saudades eu sinto de ti,
Minha doce companhia de infância.
Contigo, que dias lindos eu vivi,
Dos quais ainda sinto a fragrância!
Esta nostalgia que me aperta por dentro,
Faz-me desejar a tua presença aqui;
Mas, só a recordação me resta, de momento,
Enquanto não me puder abraçar a ti…!
Foi…
Uma folha muito bela,
Aquela onde encontramos
Um amor fraterno
Muito puro e bonito,
Que vivemos,
Com toda a intensidade,
Em cada linha dessa folha…
Mas, outras vieram…
E essa?!
Ficou suspensa no tempo
E para toda a eternidade.
Apesar de,
Tantas vezes…
Em pensamento,
Em sonho,
E, com o coração a pulsar,
A abrir,
Com toda a doçura
Que ela merece…!
Fernanda
Monday, January 14, 2008
Encontrei-me comigo
Escalei uma montanha.
Subi ao ponto mais alto.
Respirei.
Esperava-me alguém.
Saudámo-nos.
Senti-lhe a voz da alma,
Naquela melodia calma,
Que respirava liberdade arejada,
Sobe a lua dourada.
Pareceu-me familiar.
Vi-me nela.
Não, não podia ser.
Eu…eu não era assim.
Talvez…talvez a outra parte de mim?!
A outra parte de mim,
De mim lutadora,
Que tinha chegado vencedora
Ao cume da montanha.
Sim, eu!
Encontrei-me comigo
No cimo da montanha,
Que me ofereceu abrigo
E me enalteceu pela façanha.
Lá construí uma fortaleza,
Fortaleza de mim…
Longe da mescla do sentimento,
Longe da tempestade de areia no deserto!
Fernanda
Escalei uma montanha.
Subi ao ponto mais alto.
Respirei.
Esperava-me alguém.
Saudámo-nos.
Senti-lhe a voz da alma,
Naquela melodia calma,
Que respirava liberdade arejada,
Sobe a lua dourada.
Pareceu-me familiar.
Vi-me nela.
Não, não podia ser.
Eu…eu não era assim.
Talvez…talvez a outra parte de mim?!
A outra parte de mim,
De mim lutadora,
Que tinha chegado vencedora
Ao cume da montanha.
Sim, eu!
Encontrei-me comigo
No cimo da montanha,
Que me ofereceu abrigo
E me enalteceu pela façanha.
Lá construí uma fortaleza,
Fortaleza de mim…
Longe da mescla do sentimento,
Longe da tempestade de areia no deserto!
Fernanda
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